Introduz-se um conjunto de 50 fotografias, é possível imaginar que foram capturadas na mesma semana, até na mesma cidade. Nota-se que o olho deambula no espaço público reparando no indivíduo colectivo da classe trabalhadora nos seus atos rotineiros, desde as compras no mercado como também descansar na praça. As fotos são projetadas numa lona que está apoiada numa estrutura em ferro que se prolonga no espaço. Esta estrutura está pintada de azul, contrastando com as peças decorativas tradicionais de portões. Ao longo da estrutura é possível observar vários objetos reconhecivéis, uma ideia de uma janela, um possível banco de jardim, até um vaso cerâmico que contém um mão de Fátima. Constrói então, com todos este elementos uma instalação escultórica que reflete sobre o espaço publico, quem convive nele e quem foi capturado no meio destas calçadas.