Um vaso vazio é carregado em pernas de ferro no topo de uma colina que se eleva sobre uma paisagem rural, cujas cenas guardam memórias de herança, tradição, devoção e sacrifício. Nesta colina, há uma fonte originada de uma lenda que, embora inacreditável, se enraíza nas mentes daqueles que habitam estas terras. Este tipo de ideias propaga-se facilmente, pois são antigas e sempre recontadas; é muito mais difícil introduzir algo aos ouvidos cansados que ainda não tenha sido dito.
Uma série de imagens adorna o vaso; isto é comum para artefactos desta natureza, mas os usados pela nossa protagonista de pernas de ferro representam uma linguagem que é uma reinterpretação do antigo, tornando-o assim novo. Eles contêm um enigma que conta as lutas das mulheres num âmbito de tradição arcaica, como meio tanto para nutrir como para destruir. Imagens e palavras semelhantes às de rituais cansados que promovem valores destinados a servir apenas aqueles que os criam, mas que procuram ter o efeito oposto. Talvez um ato de sacrilégio, ou as palavras iluminadas de uma hierofante sentada num trono de novo conhecimento, graciosamente resgatando a beleza que ainda permanece na história não tão antiga, mas opressiva, desta terra.
A água da colina, que por sua vez nasceu das lendas, agora enche o vaso até a borda. O vaso tornou-se consideravelmente mais pesado, e a tensão é cada vez mais sentida nas pernas de ferro, fazendo com que se dobrem sob o peso que carregam.
An empty vessel is carried on legs of iron atop a hill that towers over a rural landscape, one whose sceneries hold within them memories of heritage, tradition, devotion, and sacrifice. On this hill, there is a fountain, birthed by a tall tale that, although unbelievable, embeds itself into the minds of those that inhabit these lands. These types of ideas are easy to propagate because they are old and forever retold, it is much more of an ordeal to introduce something to these fatigued ears which has not been spoken.
A series of images adorn the vessel, this is commonplace for artifacts of this nature, but the ones used by our iron-legged protagonist depict a language which is a reimagining of the old, making it in turn new. They hold an enigma which tell the struggles of the femme in a sphere of archaic tradition, as a means to both nurture and destroy. Images and words akin to those of tired rituals that promote values intended to serve only those who create them, but that strive to have the opposite effect. Perhaps an act of sacrilege, or the enlightened words of a hierophant sitting on a throne of new knowledge, gracioisly salvaging the beauty that still remains in this land’s not-so-ancient but oppressive history.
The water from the hill which was in turn birthed from the tall tales now fills the vessel to the brim. The vessel has become considerably heavier, and the strain is increasingly felt on the Iron legs, causing them to bend over the weight they carry.